Da fama até cair na drogaJudy Garland foi uma cantora excepcional e uma actriz marcante. Mas foi também uma mulher infeliz, insegura em relação ao seu aspecto e que abusou das drogas e do álcool durante grande parte da sua vida, acabando por morrer de overdose acidental.
Em ‘Judy Garland – O Fim do Arco-Íris’, que Filipe La Féria estreia dia 25, Carlos Quintas é o pianista da actriz-cantora, já na fase final da sua (curta) vida. Uma personagem que nunca existiu, que é ficcionada pelo autor da peça, Peter Quilter, mas que o actor diz ser dos trabalhos mais gratificantes que tem feito.
“Quando o Filipe [La Féria] me entregou o texto, fiquei maravilhado. A peça é de uma grande intensidade dramática e a minha personagem é uma espécie de catalisador da acção”, conta-nos. “O pianista é, no fundo, o alter-ego do autor, e as suas tiradas provocam a reacção das restantes personagens e espoletam as suas emoções... É muito interessante, embora bastante cansativo. Fazer drama é muito mais exigente do que fazer comédia”, confessa.
Sobre Judy Garland, essa figura que continua a fascinar o público 43 anos depois da sua morte, Carlos Quintas garante que a peça não escamoteia a sua toxicodependência, mas antes nos dá a ver como vive uma pessoa em queda.
“As drogas fazem parte da vida dos artistas, infelizmente”, diz. “Temo-lo visto recentemente. A Amy Winehouse morreu, o Michael Jackson também se soube que era dependente… A Whitney Houston deixou de cantar durante anos. A própria Liza Minnelli, filha de Judy Garland, é frequentemente notícia por causa das suas curas de desintoxicação. E é sempre doloroso estar próximo de alguém que está num processo de auto-destruição deste género.”
Dizendo-se ele próprio “afastado desse universo” – “a droga nunca me disse nada” – Carlos Quintas adianta que o público vai ficar a conhecer bastante melhor uma actriz idolatrada por muitos e que, no palco do Teatro Politeama, será interpretada por “uma surpresa” chamada Vanessa.
“A Vanessa não tenta imitar a Judy Garland – nem sequer nas canções. Claro que há alguns gestos… mas acima de tudo ela é original e tenho a certeza de que vai agradar ao público.”
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